Durante aula professor questiona se aluna prefere ser estuprada ‘no seco’ ou com lubrificante

As imagens viralizaram nas redes sociais na manhã da última quinta (25) e mostram inicialmente o professor ensinando as alunas a fazerem um procedimento de intubação utilizando um boneco, em uma simulação do que ocorre com seres humanos
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Imagens vem ganhando repercussão na mídia após uma denuncia contra um professor do Centro Universitário Metropolitano da Amazônia (Unifamaz)em Belém, capital do estado.

Segundo falas presentes em um vídeo, o professor de medicina, que não teve sua identificação revelada, perguntou a uma estudante durante uma aula se ela preferia ser estuprada com lubrificante ou “no seco”.

As imagens viralizaram nas redes sociais na manhã da última quinta (25) e mostram inicialmente o professor ensinando as alunas a fazerem um procedimento de intubação utilizando um boneco, em uma simulação do que ocorre com seres humanos. No momento em que a simulação ocorre, o professor pergunta a uma estudante se ela havia lubrificado o tubo usado para o procedimento médico. Ao receber resposta negativa, o educador alterou o tom de voz e proferiu a fala com apologia ao estupro.

“Quero ver se quando a senhora for estuprada vai querer levar o KY [marca de gel lubrificante íntimo] para facilitar a vida ou vai preferir no seco mesmo”, afirma. O caso foi denunciado na Polícia Civil do Pará.

A investigação por sua vez, mira uma possível importunação sexual e está a cargo da Divisão Especializada no Atendimento à Mulher da corporação. As falas do professor geraram revolta em acadêmicos, estudantes e nas redes sociais. Nesta sexta (26), estudantes e diversas mulheres realizaram uma manifestação contra apologias ao estupro em frente à faculdade privada.

Em nota, o Unifamaz disse que adotou providências cabíveis e procedimentos internos para apurar os fatos através do Comitê de Ética Disciplinar. “O Unifamaz reafirma seu compromisso com o ensino de qualidade, pautados no respeito humano e na integridade pessoal. Dessa forma, repudia veemente qualquer prática inadequada na relação acadêmica professor-aluno”, diz o comunicado. A instituição de ensino não informou se o professor foi ou será afastado da função.

Na ultima sexta (26), o Conselho Regional de Medicina do Pará informou que abriu um procedimento administrativo para investigar a conduta do professor. Estudantes da faculdade criaram ainda um movimento coletivo para acompanhar o andamento da investigação policial e das apurações internas sobre o caso. A reportagem não conseguiu contato com o Ministério Público do Pará (MPPA) e nem com o professor, que não teve seu nome divulgado.

Folhapress

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