Foi presa nesta quarta-feira (17), a mãe do homem suspeito de ter assassinado o professor de Teatro da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), José Acioly da Silva Filho, 59 anos, encontrado morto no dia 16 de setembro, em seu apartamento no bairro do Jaraguá em Maceió.
De acordo com informações policiais, a mãe do suspeito da autoria do assassinato, que teria um relacionamento amoroso com o professor, estava de posse do celular de José Acioly.
A Polícia Civil já procurava o aparelho celular do professor, desde o início das investigações, e o encontrou na casa da mãe do rapaz, de 22 anos, que está preso desde setembro.
Em entrevista à TV Pajuçara, o delegado Ronilson Medeiros disse que após o crime a mulher havia entregado o microondas e outros objetos que pertenciam ao professor e que estavam na casa dela. No entanto, o celular não havia sido encontrado. A polícia solicitou a localização do mesmo junto a operadora de telefonia, que apontou que apontou a data em que um chip havia sido inserido no aparelho, que continuava com os dados cadastrais do professor.
Ainda conforme o delegado, na tarde desta quarta, a polícia foi a residência da mulher, que achou que a visita seria para falar da prisão do filho. Porém, os policiais perceberam que ela estava com o aparelho do professor e a prenderam em flagrante, por receptação.
A mulher, de 43 anos, foi detida e levada para a delegacia. Uma fiança foi estipulada, no valor de R$ 15 mil, mas como ela não conseguiu efetuar o pagamento, foi conduzida para um presídio da Capital. A identidade dela não foi divulgada.
O caso
José Acioly da Silva Filho, 59 anos, foi encontrado morto dentro do apartamento em que morava, no bairro do Jaraguá, em Maceió, no dia 16 de setembro (uma quarta-feira). Familiares e amigos desconfiaram, após uma mensagem postada nas redes sociais do professor, afirmando que ele havia ido a Arapiraca socorrer um amigo doente e que o telefone ficaria sem conexão. A mensagem continha diversos erros ortográficos, o que levantou a suspeita da família de que havia algo errado.
O professor José Acioly foi encontrado já sem vida, com perfurações na nuca. O carro e outros pertences dele foram roubados.
O Instituto de Medicina Legal Estácio de Lima (IML), em Maceió, no dia 17 de setembro, que o exame de necropsia feito no corpo do professor apontou que a causa da morte foi asfixia por meio mecânicio. Ele foi espancado e estrangulado.
No mesmo dia, a Policia Civil anunciou que o caso estava esclarecido e que o suspeito da autoria do crime estava preso.
O corpo do professor José Acioly da Silva Filho foi sepultado no dia 17 de setembro, no Cemitério da Piedade, no bairro do Prado, parte baixa de Maceió.
Acioly foi diretor do Museu Theo Brandão até 2018. Ele lecionava na Universidade Federal de Alagoas (Ufal), pelo Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Arte (ICHCA), e tinha especialização na área de teatro de animação.
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