Vereador Paulo Nunes defende ajuda psicológica para familiares enlutados em decorrência da Covid-19

Na sessão realizada de forma online na noite dessa quinta-feira (15), o vereador pelo município de Maragogi Major Paulo Nunes (PP) se destacou mais uma vez. Consciente primordialmente do seu papel de cidadão e do seu dever na qualidade de político, e sensível à dor do próximo, o parlamentar mostrou preocupação no tocante a questões infraestruturais e humanitárias.

Através de requerimento, solicitou ao gestor a drenagem do brejo do povoado de São Bento, por intermédio da Secretaria de Infraestrutura, com o devido rebaixamento das pontes de Chandinha, Peu, Jura e Loteamento do Dorge.

A região tem sofrido com fortes temporais, e torna-se necessário um escoamento da água acumulada nas localidades citadas. “Essa necessidade se caracteriza com o intuito de evitar eventuais inundações e, consequentemente, o prejuízo que pode ocorrer nas residências de várias pessoas que residem nessa área, frente ao inverno que se inicia”, justificou Nunes.

Por Indicação, requereu também ao prefeito, que seja instituída uma equipe de profissionais da esfera da psicologia, para apoio psicoemocional aos munícipes que vivenciam casos de morte do ente querido, vitimado em decorrência da pandemia do novo coronavírus, seguindo um protocolo de acolhimento e conforto aos familiares.

“Desde o início da pandemia, o município registrou 45 óbitos em decorrência da doença”, disse o vereador. “Além da dor de perder uma pessoa querida, os familiares, em sua maioria, têm desenvolvido graves transtornos mentais, uma vez que são impedidos de concretizar o luto, já que os rituais fúnebres são limitados e não há contato com o falecido, devido ao risco de contaminação.”

Segundo o Ministério da Saúde, o aumento dos sintomas psíquicos e dos transtornos mentais durante a pandemia pode ocorrer por diversas causas. Dentre elas, pode-se destacar a ação direta do vírus da Covid-19 no sistema nervoso central, as experiências traumáticas associadas à infeção ou à morte de pessoas próximas.

“A medida é de extrema necessidade e deve ser adotada com base nos fatos de que a impossibilidade da despedida pode levar à expectativa de que aquela morte não aconteceu, uma vez que não se vê o corpo”, continuou o parlamentar. “E, como se não bastasse, o velório, quando ocorre, é feito por pouco tempo e limitado a menos de uma dezena de pessoas.”

Por essas razões, a indicação tem o objetivo de fomentar alternativas que proporcionem uma adaptação dos familiares à falta que a pessoa falecida irá trazer ao convívio social, principalmente porque o falecimento ocorreu de forma abrupta e, caso a vítima tenha ficado interna, o contato físico foi impedido, uma vez que as visitas a pacientes da Covid-19 são expressamente proibidas. “Desse modo, estaremos contribuindo para evitarmos o surgimento de um exército de pessoas com depressão”, finalizou.

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