Mulher tem tratamento contra câncer interrompido, apesar de decisão judicial

A professora Marinalva José da Silva, de 53 anos, mora em Campestre, Alagoas. Em junho de 2019, descobriu sofrer de leucemia mieloide aguda, um tipo de tumor que afeta a medula óssea, responsável pela produção das células sanguíneas, como os leucócitos, plaquetas e hemácias. As células-tronco são produzidas na medula óssea. Em um organismo saudável, essas células passam por um processo de maturação e diferenciação para dar origem aos componentes do sangue.

Em setembro do mesmo ano, iniciou o tratamento no Hospital Universitário (HU). A quimioterapia, que é muito cara, algo em torno de meio milhão de reais, foi concedida por meio de um processo judicial da Defensoria Pública do Estado de Alagoas, a ser realizada em 24 ciclos. Embora com determinação da Justiça, o Estado só cumpriu com 11 ciclos, que se encerrou há dois meses. E são necessários mais 13 ciclos. Então a enferma teve que recorrer novamente à Justiça, e aguarda a justificativa do Estado para a suspensão dos medicamentos para o término do tratamento.

“Tenho um transplante marcado para o final de novembro”, conta Marinalva. “Depois de muita busca por um doador, pois virá dos Estados Unidos. Estou muito debilitada, com todas as taxas elevadas, dores incontroláveis. E preciso estar bem para poder receber, por isso a extrema necessidade de tomar a quimioterapia. Corro risco de vida. Porque a situação só se agrava, a evolução é muito rápida.”

 

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