“Não faz sentido proibir festas públicas e manter as privadas”, aponta infectologista sobre final de ano

Para muitas pessoas tem sido bastante contraditório a escolha dos critérios para a realização de eventos neste final de ano, devido a ameaça de uma nova onda da Covid-19. O infectologista, Fernando Maia, aponta que não existe sentido algum fazer essa “seleção” em cancelar as festas públicas e manter as festas privadas, que podem gerar aglomeração.

Segundo ele, o grande problema da propagação da doença está na aglomeração de pessoas e isso pode ser visto até mesmo em reuniões de confraternizações. “De fato, não faz sentido proibir festas públicas e manter as festas particulares com a aglomeração. O grande problema para a transmissão da Covid-19 é a aglomeração de pessoas, então não importa se o evento é público ou privado, gera aglomeração do mesmo jeito”, disse o médico.

Maia lembrou que a doença está bem controlada dentro do Estado, mas o vírus continua em circulação, principalmente com a ameaça através da nova variante. “Essa variante se mostrou ser mais transmissível, ela parece ser bem menos agressiva, até que não foram registradas tantas mortes, mas é algo que a gente precisa ter muito cuidado para evitar o crescimento de novos casos”, completou.

Fernando Maia questiona ainda as medidas de segurança sanitárias usada pelas organizações das festas privadas, como o passaporte da vacina. “Ele não é 100% efetivo para impedir a disseminação da doença. A gente sabe que entre vacinados a ocorrência é muito baixa, por isso alguns países tem adotado e é algo válido”.

Ele reforçou ainda que o passaporte da vacina pode ser usado para atividades do dia a dia e em eventos de pequeno porte, mas em eventos de grande porte, como as festas de ano novo, ele não traz nenhum efeito.

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