Esgotos a céu aberto, ruas esburacadas, praças abandonadas, estradas inacessíveis: os velhos problemas que envergonham Maragogi

Praça Joathas Saldanha está nessa situação há décadas (Foto: cortesia)

Maragogi, o município da região norte de Alagoas mais cobiçado pelos políticos, é um dos que mais sofre com a falta de infraestrutura, que vai de saneamento básico a serviços públicos em geral. O município, por exemplo, já acumula várias comunidades, onde os habitantes, de baixíssima renda, sequer têm um sanitário dentro de suas casas – ou barracos.

Além disso, o serviço de coleta de lixo ultimamente tem se mostrado ineficiente, com reclamações de moradores de várias ruas, que comprovam suas reclamações com fotos. Depois da exibição de algumas dessas imagens na mídia, na última semana, a prefeitura anunciou a chegada de mais contêineres.

Não se restringe a esses fatos. Algumas praças estão sem canteiros, sem parquinhos, quase sem arborização… Enfim, sem estrutura e com aspecto de abandonadas. Tomemos como exemplo a Praça Joathas Saldanha, localizada no Carvão, região central de Maragogi. Os moradores dos arredores não param de denunciar esgoto a céu aberto, enchentes, e recentemente, acúmulo de lixo. No feriadão de 7 de Setembro, o esgoto estourou, mais uma vez, e se acumulou ao redor da Praça. A fedentina invadiu os domicílios.

No povoado de São Bento, a maioria das ruas não é pavimentada, e o esgoto corre a céu aberto. Na vila de Barra Grande, que de uns anos para cá passou a ser a praia queridinha dos turistas, as ruas são tão esburacadas que os motoristas precisam tomar cuidado para não danificar os carros. Nos dias de chuvas deste inverno, as poças de lama eram tão frequentes e tão imensas que um internauta gravou um vídeo debochando, mergulhando e gritando que estava nas famosas piscinas naturais de Maragogi.

Ainda devido às chuvas, os agricultores do município viveram e vão viver ainda sabe-se lá por quantos anos, situação medonha. Para se chegar ou sair da zona rural, a luta, o sofrimento e a angústia do agricultor foram quase diários. Os veículos patinavam na lama, tombavam atravessado na estrada enlameada. Assentamentos ficaram ilhados e os prejuízos financeiros certamente foram enormes. A solução, sempre, é paliativa: o poder público espera a chegada do verão, manda máquinas, o agricultor se alegra, esquece momentaneamente – para no próximo inverno passar por tudo de novo. Vale lembrar que o atual gestor prometeu asfaltar lá no comecinho do seu terceiro mandato.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.