Quem imaginaria que o maior técnico da história recente da Sociedade Esportiva Palmeiras viria de Penafiel, uma cidade portuguesa no distrito do Porto. Quero falar aqui deste treinador, professor, mister e estrategista do futebol de campo. Abel Fernando Moreira Ferreira. Quem acompanha o mundo da bola, sabe de quem estou a escrever.
Sua chegada em outubro de 2020 ao Verdão foi muito questionada; ninguém – absolutamente ninguém –, quis apostar suas fichas neste técnico em formação. Perdeu quem não apostou. Por que após três meses, conquistou seu primeiro título como treinador ao vencer o Santos por 1 a 0 no Estádio do Maracanã, no dia 30 de janeiro de 2021, na final da Copa Libertadores da América de 2020. E não para por ai, porque no dia 7 de março, Abel conquistou seu segundo título, depois de vencer o Grêmio na ida por 1 a 0 e na volta por 2 a 0, na final da Copa do Brasil.
É tanto título que não falei ainda de Abel Ferreira, nem dar. Em novembro, Abel conquistou sua segunda Libertadores, após o Palmeiras vencer o Flamengo, em Montevidéu, por 2–1. Com a conquista, o português superou o compatriota Jorge Jesus e o croata Mirko Jozić, como técnico europeu com mais títulos de Libertadores.
Eu juro para vocês que gostaria de falar do temperamento de Abel, dizer que ele é esquentado, é nervosinho, que é um treinador retranqueiro, limitado, e colonizador, mas se eu gosto de futebol, e escolhi ser jornalista, preciso entender que os torcedores gostam de títulos, e é sobre as conquistas que quero escrever.
Os palmeirenses gostam de Abel, gostam de ver esse Palmeiras jogar. Vocês já leram a Oração Pop de Crido Santos? É um poema que foi considerado o pior do mundo, já eu gosto, e não faz mal eu gostar. Mas entendo quem gosta de uma literatura refinada, sem muita invenção. Por isso a torcida que canta e vibra, gosta de ver esse time de Abel Ferreira. E ruim para você, mas para milhares de torcedores não. Não escolha a capa, leiam e aproveitem o espetáculo.
Antes que eu me esqueça, Abel ganhou seu quarto título pelo Palmeiras ao conquistar a Recopa Sul-Americana em cima do Athletico Paranaense; tornou-se assim o técnico estrangeiro com mais títulos conquistados pelo Palmeiras, se juntando aos uruguaios Humberto Cabelli e Ventura Cambón.
