Maragogi registra vários casos de picada de escorpião nos últimos dias

Chuvas de verão aumentam volume de água nas redes de esgoto, o que faz com que o animal migre para as residências

O agricultor Zeca foi picado pelo bicho peçonhento quando se preparava para dormir na casa da mulher em Maragogi. Ao levantar o colchão, o animal o picou na mão. A dor foi intensa. O agricultor procurou assistência na Unidade de Pronto Atendimento de Maragogi (UPA), onde tomou duas injeções. “Senti muita dor, febre, minha mão ficou muito inchada”, relata ele, que se restabeleceu em casa.

Menos sorte teve sua mulher, picada duas semanas antes. O agricultor conta que ela precisou ficar internada durante três dias no Hospital Geral do Estado (HGE).

Mas não foram casos isolados. Uma criança de 5 anos foi picada enquanto brincava na calçada de sua residência, na Rua Tomaz Acioly Wanderley. “Ali em frente tem uma casa abandonada”, diz seu tio. Na Rua José Carvalho Raposo, uma família matou mais de 10 escorpiões dentro de casa, num só dia. Em outra casa, um morador foi também foi picado.

Como esses bichos se comportam

Os escorpiões proliferam sob pedras, frestas de pedras e barrancos, debaixo de cascas de árvores, em paredes e muros mal rebocados, madeira empilhada, entulhos, caixas de gordura, ralos, forros, etc. Gostam muito de umidade, pouca luz e insetos em abundância (principalmente baratas).

Os escorpiões gostam de umidade. Por esse motivo, procuram locais que tenham fontes de água. É importante verificar sobre água parada e também vazamentos ao redor do seu ambiente. Não só o escorpião, como também outras pragas, podem ser atraídos por esse elemento.

A espécie amarela, um das mais perigosas que habitam o solo brasileiro, é a que causa mais acidentes. Possui hábitos intradomiciliares. Seu veneno é perigoso para a saúde humana, agindo no sistema nervoso da vítima. A picada provoca dor intensa no local atingido e se amplia por todo o corpo.

“O escorpião, assim como outros insetos, em temperaturas quentes tem o metabolismo acelerado. Eles saem dos esconderijos escuros e úmidos com as enchentes e buscam por frestas, fendas. São animais de hábitos noturnos. De dia é mais raro, mas podem se movimentar dependendo do grau de infestação”, explica a bióloga Maria Fernanda Zarzuela, coordenadora de desenvolvimento de produtos da Bayer.

Os agentes de saúde de Maragogi estão inspecionando alguns locais e borrifando um tipo de veneno, mas, advertem, não existe remédio especifico para matar escorpiões.

Os óbitos ocorrem mais em crianças e adultos com saúde debilitada. É um risco para grávidas, idosos ou alérgicos, que podem ter um choque anafilático.

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