Paciente de Maragogi espera por válvula há quase três meses para realização de cirurgias

Desde o dia 12 de janeiro deste ano, o maragogiense João Crispim da Conceição encontra-se internado no Hospital Geral do Estado (HGE), e passa por uma situação desesperadora, juntamente com sua família. João sofreu um infarto grave no próprio dia 12, e teve que ser encaminhado urgentemente de helicóptero para o hospital, em Maceió.

De acordo com Rafaela Oliveira, filha de João Crispim, chegando lá, foram realizados exames e constatou-se um infarto. Então, foi feito um procedimento de cateterismo (exame invasivo para confirmar a presença de obstruções das artérias coronárias ou avaliar o funcionamento das valvas e do músculo cardíaco).

Segundo o exame, foi constatado que João precisava fazer outras duas cirurgias, uma de Valvuloplastia, que é realizada para corrigir um defeito em uma válvula do coração, para que a circulação sanguínea ocorra corretamente; e outra de Ponte de Safena, que envolve a retirada de um ou mais segmentos de veia safena da perna, seguida de sutura (anastomose) de uma das extremidades da parede da aorta, e a outra extremidade ao segmento de artéria coronária subsequente ao local da obstrução, realizando assim, um “desvio”.

A partir de então, Rafaela relata que sua família passa por uma situação angustiante, à espera das duas cirurgias. A filha diz que João já tem autorização de transferência para o Hospital Santa Casa, em Maceió, desde o dia 31 de janeiro. Porém, o hospital alega não ter a válvula para a realização das cirurgias, e já faz quase três meses que João e seus familiares estão esperando.

Indignada, Rafaela reclama que estão à mercê de um sistema precário de saúde, que simplesmente alega não ter os equipamentos para a realização das cirurgias, e não busca nenhuma solução para o problema. “Enquanto isso, meu pai está à beira da morte”, lamenta.

A filha apela para que as autoridades tomem uma providência e realizem as cirurgias do seu pai, antes que o mesmo morra por negligência médica. No mesmo quarto onde João espera, uma senhora morreu esta semana, também aguardando por um equipamento para cirurgia há mais de quatro meses.

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