Vídeo: Fotógrafo acusa guardas municipais de agressão em Maragogi

O fotógrafo subaquático Anderson Ferreira, de 25 anos de idade, casado, que reside no povoado de Barra Grande, acusa a Guarda Municipal de Maragogi de agressão. Anderson denuncia que guardas espancaram a si e à sua esposa, Patrícia Elisângela, na madrugada de segunda-feira, 13, para terça-feira, 14, durante show promovido pela prefeitura em comemoração ao Dia de Santo Antônio, padroeiro da cidade.

O irmão de Anderson gravou o ocorrido pelo celular. O vídeo circula nos grupos de WhatsApp.

“Eu estava na festa com minha esposa e meu irmão, quando de repente passa a Guarda Municipal e esbarra com brutalidade na minha mulher”, narra Anderson. “Aí eu disse: rapaz, um espaço tão grande. Só falei isso, e um deles foi logo me agredindo. Me empurrou com força. Eu disse: vai me espancar só porque reclamei que bateu em minha esposa? Quando olho para trás, já tem uns 15 guardas vindo para cima de mim. Minha esposa me abraçou, e eles começaram a bater na gente.”

De acordo com o fotógrafo, seu irmão tentou desapartar, mas, como não conseguiu, começou a gravar pelo celular. “No vídeo, dá para ver o momento em que tentam (um dos guardas) furar meus olhos com os dedos”, prossegue Anderson. “Outro me agarra e dá um ‘mata leão’, e um outro já chega dando murro, batendo em mim e em minha mulher, até jogar a gente no chão.”

Ainda segundo Anderson, um guarda surgiu com um spray, que ele acredita ter sido de pimenta, e jogou no seu rosto e no rosto da sua esposa. “A Pelopes chegou empurrando meu irmão, mandando ele desligar o celular, chamando meu irmão de filho da puta. Deu duas cacetadas no seu braço, e disse para mim: é melhor você ir por bem ou por mal. Os guardas soltaram nossos braços, que puxavam com violência para trás, capaz de quebrá-los. E então deixaram meu irmão e minha mulher lá e me levaram para a viatura, com os olhos ardendo, onde passei cerca de quatro horas.” Anderson falou que sofre de claustrofobia.

“Fui à delegacia na tarde da terça-feira, 14, mas o delegado não estava. Falei com um policial que estava lá sobre o ocorrido, sobre o vídeo, e ele me mandou voltar no dia seguinte. Na quarta-feira, à tarde, voltei, e o delegado estava. Ele me orientou a fazer o exame de Corpo de Delito, o que fizemos na quinta-feira, dia 16”, conta Anderson.

O fotógrafo e a mulher sofreram vários arranhões e hematomas.

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