Japaratinga: Mãe se defende da acusação de ter matado a filha de 5 meses

Laudo do IML diz que a bebê morreu de broncoaspiração de restos alimentares
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A dona de casa Linda Inêz Sales Tavares dos Santos, de 21 anos de idade, que reside no centro da cidade de Japaratinga, está sendo acusada nas redes sociais de ter matado a própria filha, de 5 meses. De acordo com a dona de casa, a calúnia começou nos grupos de WhatsApp, com frases agressivas do tipo: “Deixa o povo pegar ela!” “Tem que acender uma fogueira e jogar ela dentro!” “Faz o mesmo com ela!” “Deixa o povo pegar ela, que ela se cura dessa doença rapidinho.” “Essa demônia!” “E por que ela num se matou? Invés de matar um ser que nem forças pra se defender tem?”

A mulher entrou em pânico. “Tenho medo de aparecer, eu fui muito ameaçada”, revela. “Falaram que queriam me queimar viva, eu não saio de casa. Estou apavorada.”

Linda Inez conta que mora com a mãe e o marido, o cozinheiro José Anderson da Silva Flores, de 19 anos de idade. No dia ocorrido, 16 deste mês, ficaram assistindo à TV madrugada adentro. Às 5h00 da manhã, deu gogó e a botou para arrotar, deitando-a de ladinho, como sempre fez. Um pouco mais tarde, por volta das 6h00, abriu a janela para fumar um cigarro. Depois, o casal foi dormir. A bebê, segundo ela, ainda estava viva, pois se mexeu, o que foi sentido pelo pai, que dormia agarradinho com a filha, “nariz com nariz”

O casal acordou por volta do meio-dia. “Levantei e fui fazer as coisas”, narra a mãe. “Ela (a bebê) sempre chamava dando gritinhos. Daí estranhei ela não ter acordado para tomar gogó. Fui no quarto e comecei a falar com ela. ‘Mamãe tá com preguicinha, mamãe, vamos acordar pra tomar gagal e tomar banho’, como eu falava com ela, e nada de resposta. Tirei o lençolzinho dela, e foi quando vi seu peito estufado para cima. Observei que ela não estava respirando.”

Rapidamente – prossegue Linda Inez –, fez uma massagem, mas a bebê não reagia. Então, colocou-a no braço e saiu correndo pela na rua, ainda tentando reanimá-la. No posto de saúde, sua filha foi dada como morta. “Estou com o resultado da causa da morte dela. Eu não sou esse monstro que dizem. Tenho um menino autista de 4 anos de idade e a bebê nasceu prematuramente, passou 12 dias na incubadora. Parei minha vida só para cuidar deles. Eu nunca ia fazer uma coisa dessas. A mulher do IML disse que o que ela teve foi um mal sem tempo de reação.”

Segundo o laudo do Instituto Médico Legal (IML), a bebê morreu de broncoaspiração de restos alimentares. Broncoaspiração é a entrada de substâncias estranhas, tais como alimentos e saliva, na via respiratória. Essa condição pode ocorrer pelo enfraquecimento dos músculos usados na deglutição, o que pode causar a dificuldade no ato de engolir, também conhecida como disfagia. A bebê sofria de cansaço e asma, o que teria facilitado a causa da morte.

Laudo do IML
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