Um negro corre 23,7 vezes mais riscos de ser morto em Alagoas do que um branco

Segundo o Atlas da Violência, divulgado pelo IPEA na semana passada, um negro em Alagoas corre 23,7 vezes mais riscos de ser vítima de violência mortal – ser assassinado – do que uma pessoa não negra.

O dado é estarrecedor e revela muito do que somos e o que vivemos como sociedade, ainda nos tempos de hoje.

Isso vai muito além do Estado, é verdade, mas não exime os três poderes de responsabilidade pelo extermínio da população negra.

Basta ver o tamanho da representação de negros e negras nas instâncias de poder local – mínima, quase imperceptível.

Devemos lembrar, sempre, que a economia de Alagoas foi erguida em meio à escravidão, com a violência mais cruel se abatendo sobre os negros e negras, que continuam sendo vítima do preconceito, que leva à mais covarde atrocidade.

Estatística vergonhosa

O segundo estado do país nessa estatística vergonhosa é o Amapá, onde os negros tem 9,8 vezes mais de risco de serem assinado do que os brancos (e não negros, de forma geral).

No Brasil, segundo o IPEA, os riscos de uma pessoa negra ser vítima de violência é 2,8 vezes mais do que para um não negro.

Ricardo Mota / Cada Minuto

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