Escola da rede estadual em Maragogi é vítima de fake news

Uma “notícia”, veiculada através de um simples print, sem qualquer link do portal – nem poderia, porque não saiu em site nenhum –, chocou a comunidade de Maragogi. A manchete: Escola alagoana coloca carne humana em sopa para alunos. O texto curto contém erros gramaticais, além de iniciar os parágrafos com letras minúsculas, outro ponto que denuncia a mentira.

Diz que “uma escola alagoana da cidade (de) Maragogi-AL é denunciada após alunos sentirem forte cheiro na sopa. Foi relatado dores abdominais vindo dos alunos do colégio que contaram aos responsáveis. A escola foi investigada e descobriram carne humana nas sopas. Julgamentos e investigações continuam e os acusados estão presos temporariamente até decisão da pena.”

Nada disso aconteceu. Tudo criação da mente de um criminoso. Ou irresponsabilidade própria ou a mando de outrem, com fins obscuros.

A direção da escola cuja fachada estampa a foto do print, registrou um Boletim de Ocorrência da Delegada de Polícia Civil de Maragogi e enviou uma nota de repúdio.

Diz a nota:

“Vocês sabiam que quem criou essa Fake News está desdenhando de nossa capacidade cognitiva? Vamos lá:

A “notícia” se encontra num caderno de “CIDADANIA”, de que jornal? De portal de notícias? Não tem! Porque não existe… Se tivesse o mínimo de verdade, a “notícia” seria veiculada na página “POLICIAL” e não em “CIDADANIA”.

A manchete está errada: nenhum portal de notícia afirma categoricamente um crime; eles usaram o verbo COLOCA ao invés de “teria colocado” ou “há indícios de…” ou “há suspeita”. Lembre-se sempre: imprensa não é polícia para impetrar qualquer medida judicial a alguém ou a uma instituição.

Os erros de português são absurdos: a notícia começa com letra minúscula; aliás, todos os parágrafos que seguem também começam com letra minúscula, acho que o “redator” nunca ouviu falar em letra maiúscula. O erro de concordância no segundo parágrafo é absurdo: “foi relatado” ou invés de “foram relatadas”… Sem falar na ausência de fontes confiáveis!

Por fim, queriam chamar nossa comunidade escolar de BURRA, para acreditarmos numa asneira dessa… Tentaram enganar as pessoas erradas. Ainda bem que somos instruídos e bem informados para não acreditar em qualquer coisa por aí.”

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