Negros tem mais que o dobro do risco de serem assassinados no Brasil, diz pesquisa

Segundo o levantamento, Brasil tem uma tendência de queda em homicídios, mas negros tem redução menor

Dados divulgados nesta terça-feira (31) no Atlas da Violência 2021, produzido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, revelam que a chance de uma pessoa negra ser assassinada no Brasil é 2,6 vezes superior àquela de uma não negra.

O grupo de negros une pretos e pardos, já os não negros une brancos, amarelos e indígenas, de acordo com classificação do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que também estima a porcentagem de população por cor/raça.

De acordo com informações do Atlas, entre 2009 e 2019, as taxas de homicídio apresentaram uma diminuição de 20,3%, sendo que entre negros houve uma redução de 15,5% e entre não negros de 30,5%, ou seja, a diminuição das taxas de homicídio de não negros é 50% superior à correspondente à população negra. Logo, apesar da tendência a redução da taxa de homicídios, a tendência na população negra reduz menos se comparada à não negra.

Se considerarmos ainda os números absolutos do mesmo período, houve um aumento de 1,6% dos homicídios entre negros entre 2009 e 2019, passando de 33.929 vítimas para 34.446 no último ano, e entre não negros, por outro lado, houve redução de 33% no número absoluto de vítimas, passando de 15.249 mortos em 2009 para 10.217 em 2019”, complementa o Atlas da Violência.

Atlas da Violência

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