Pernambuco suspende Carnaval de 2021 devido à pandemia do coronavírus

O secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, anunciou durante uma entrevista coletiva nesta quinta-feira (17), que o Carnaval 2021 está oficialmente suspenso no estado. “O Carnaval representa muito mais do que uma festa para o povo pernambucano, mas, no atual contexto de pandemia, não há possibilidade de realização de um acontecimento desse porte, que mobiliza multidões e é, pela sua natureza, um momento de encontro, de aglomeração que, por vezes, reúne milhões de pessoas”, disse.

Pernambuco fechou a Semana Epidemiológica (SE) 50 com alta nos indicadores de solicitações de UTI e de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag), o que configurou a semana como a 4ª seguida com aumento dos patamares epidemiológicos. Na semana epidemiológica 50, houve um novo crescimento, chegando aos 427 casos, o que representa um aumento de 2,5%, em comparação com a semana 49, e de 9,8% em relação à semana 48. Devido à esse aumento, foram abertas 151 novas vagas em hospitais, um aumento de 1% em comparação à semana anterior.

O secretário afirmou que apesar da suspensão das festas do período carnavalesco em Pernambuco, não existe a previsão de um novo lockdown no estado. No entanto, Longo não descartou medidas mais severas futuramente.  “Neste momento, não há necessidade lockdown, ou de medida mais agressiva, mas, não tenham dúvidas, da mesma forma que nós já fizemos isso outras vezes, é possível, sim, que haja essa necessidade”, destacou.

Em relação à vacinação, André Longo ressaltou que o estado vai continuar monitorando os processos de autorização das vacinas, para garantir a imunização aos pernambucanos. “Estamos buscando um diálogo produtivo com o Ministério da Saúde, incluindo reuniões com o ministro. Já foi anunciado que o Recife será uma das sedes para a distribuição da vacina no país, o que nos coloca em papel estratégico no processo de imunização”, disse.

Com a suspensão do carnaval, lideranças empresariais repercutiram o assunto. Devido à pandemia do novo coronavírus (Covid-19), um dos setores mais afetados é a indústria de eventos, que passou cinco meses paralisada durante a fase mais crítica de transmissão do vírus, o que causou uma onda de falências no setor, milhares de postos de trabalho foram fechados.

A atividade voltou a trabalhar apenas no segundo semestre com diversas restrições, que foram ampliadas nesse momento de risco de uma segunda onda da covid-19. O cancelamento do carnaval, significa o maior prejuízo da categoria, já que representa entre 60% e 70% de todo o faturamento anual no nicho de eventos culturais.

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