Uma mulher de 80 anos passou três dias dormindo ao lado do corpo do marido na cama, alegando não ter percebido que ele estava morto. O caso aconteceu em Campinas (SP), na última segunda-feira (12), e veio à tona quando a idosa pediu ajuda aos vizinhos ao notar um sangramento no nariz do homem, de 64 anos. A morte foi constatada por agentes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), e o corpo do pedreiro Hélio Noronha estava em estado avançado de decomposição e com odor desagradável.
Segundo relato da esposa à polícia, o homem havia deitado três dias antes e não acordou mais, mas ela acreditava que ele estava apenas dormindo. Uma filha do primeiro casamento do pedreiro, de 31 anos, solicitou que a Polícia Civil investigue e descubra a causa da morte.
Em um vídeo publicado nas redes sociais, ela mencionou que estranhou seu pai estar bem-vestido e deitado do lado da cama onde não costumava dormir. “Quem conhece meu pai sabe que ele era adepto de bermuda, camiseta e chinelo”, declarou.
“O cheiro era tão forte que dava para sentir desde o portão”, disse a filha do homem.
A filha suspeita que o pai possa ter sido agredido, devido a algumas marcas que ela identificou em uma foto do pai já falecido, porém ainda na cama. De acordo com agentes que realizaram a perícia, não foram encontrados vestígios de sangue na residência, e a Polícia Técnica Científica estimou que o pedreiro estaria morto há três ou quatro dias.
O caso foi registrado no 9° Distrito Policial de Campinas como morte suspeita. O corpo foi sepultado no Cemitério dos Amarais, com o caixão lacrado.
O Liberal