Com o início de um novo ano, começa também um novo ciclo de pagamento de impostos. Entre as cobranças, o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) – tributo estadual cobrado pela posse de veículos automotores que circulam em estradas e rodovias. 
Por ser de arrecadação estadual, cada unidade federativa (UF) define o próprio calendário de vecimento. O pagamento do IPVA é obrigatório e a alíquota apresenta variação conforme o modelo e a o ano de fabricação do veículo, e também o estado onde o veículo está registrado.
Já segundo o cadastro da dívida ativa de São Paulo, um Lamborghini Aventador Roadster 2014, é o quinto maior devedor de IPVA do estado. O esportivo italiano é avaliado em R$ 3 milhões e acumula débitos que totalizam R$ 1.235.222,61, referentes aos exercícios de 2016 a 2021. O conversível está registrado em nome da empresa Água Branca Participações, que tem o senador e ex-presidente da República Fernando Collor de Mello (PROS-AL) no seu quadro de sócios.
Anos atrás o mesmo veículo já apareceu com destaque na imprensa ao ser apreendido pela Polícia Federal, em 2015, na Casa da Dinda, residência de Collor em Brasília (DF). Além do Lamborghini foram apreendidas uma Ferrari 458 Italia 2011 e um Porsche Panamera 2012. Os carros de luxo foram recolhidos como parte da Operação Lava Jato, por suspeita de terem sido adquiridos com dinheiro de práticas criminosas. Os veículos foram devolvidos cerca de três meses depois por determinação do Supremo Tribunal Federal.
No fim de 2016, o Bradesco solicitou à Justiça a apreensão do Lamborghini alegando atraso no pagamento de parcelas do financiamento. A empresa do ex-presidente financiou cerca de 50% do valor do veículo e Collor entrou em acordo com o banco e conseguiu manter o conversível.
UOL
