Consultor de Turismo da prefeitura de Maragogi é preso por corrupção no município de Canela

Cumprimento de mandado pela Polícia Civil ocorreu nesta manhã na casa de Ângelo Sanches

O consultor de Turismo da prefeitura de Maragogi e ex-secretário de Turismo do município de Canela, no Rio Grande do Sul, Ângelo Sanches, foi preso preventivamente na manhã desta quarta-feira (14) na 10ª fase da Operação Caritas. Segundo a Polícia Civil, ele é suspeito de participar de um esquema em que pessoas se apropriavam de parte dos recursos de grandes eventos na cidade.

A operação investiga corrupção em parte do poder público do município e foi deflagrada pouco antes das 6h para cumprir, simultaneamente, 218 medidas judiciais. Na ação, foram presos nesta manhã, em Canela, o ex-agente público e dois empresários do ramo de eventos.

— Destas três pessoas que estão sendo presas hoje, uma foi ex-secretário de Turismo, que já não está mais exercendo as funções e outros dois são empresários ligados ao ramo de eventos na cidade — disse o delegado regional da Polícia Civil, Heliomar Franco.

A polícia não divulgou os nomes dos presos, mas a reportagem apurou que o ex-agente público é Sanches. Ele foi preso na casa em que mora em Canela. O advogado Ricardo Cantergi, que o representa, disse que “não teve acesso ainda aos motivos que levaram o juiz a prender preventivamente Ângelo Sanches. Ele está afastado da prefeitura há mais de um ano, cumprindo com o afastamento imposto em meados de novembro de 2021.” Que “essa nova prisão é uma surpresa para a todos.” E que terão que averiguar se há necessidade e contemporaneidade nos fatos discutidos.

De acordo com o Delegado Vladimir Medeiros, titular da Delegacia de Polícia Civil de Canela e responsável pela Operação Caritas, a organização criminosa instalada na Secretaria Municipal de Turismo realizava contratações de empresas por inexigibilidade de licitações, as quais, após receberem os valores pagos pela prefeitura em contratos, repassavam parte da quantia a agentes e servidores públicos da própria pasta. A investigação policial apurou, inclusive, pagamentos diversos feitos diretamente na conta dos investigados ou aquisição de bens, como imóvel e veículo, por parte dos empresários contratados pelo Executivo para a realização de eventos na cidade. A Polícia Civil verificou, ainda, esquema ilegal em que empresários da região patrocinavam eventos e reformas em prédios públicos de Canela, realizando os pagamentos, no entanto, em contas particulares ou das empresas de que sócios ocultos os servidores, de modo a dificultar a fiscalização e controle sobre dos valores.

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