Faleceu, na tarde dessa sexta-feira (3), às 15h30, Aloisio Lamenha Lins Bahia, aos 89 anos de idade. De acordo com informações de seus familiares, a causa da morte foi uma pneumonia adquirida e infecção do trato urinário. Diabético, Aloisio Lamenha, o Lela, como era conhecido, morreu na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Maragogi.
Seu corpo está sendo velado na igreja cristã Maranata, à Rua José Carvalho Raposo. O culto de sepultamento será hoje, na própria igreja, às 15h30, e o sepultamento será às 16h00, no cemitério Santo Antônio.
Em 2021, aos 86 anos, apesar da idade e de fazer parte do grupo de risco, o ilustre cidadão maragogiense foi diagnosticado com Covid, e venceu o vírus.
Aloísio Lamenha deixa seis filhos: Albanira, Albanir, Alzira, Aloisio (Noca), Almir e Amailda; treze netos e sete bisnetos.
Trajetória de vida
Aloísio Lamenha chegou a Maragogi aos 7 anos de idade, com sua mãe, a dona Olívia, que na época era viúva, e seus seis irmãos. Com o passar dos anos, começou a trabalhar na agricultura, com a plantação de arroz, tudo para poder sobreviver em uma época de muitas dificuldades.
O tempo foi passando e Lela decidiu fazer tamboretes – bancos de madeira utilizados como assentos. Ele contava que era muito difícil fabricar, devido à falta de ferramentas necessárias. Mas nunca desistiu. Ele e seu irmão se juntaram e decidiram abrir a primeira serraria da família.
Mais tarde, no local onde funcionava uma casa de farinha, Lela abriu a sua própria serraria, que funciona até hoje. Mas não parou por aí. Em busca de cada dia melhorar sua condição de vida, o senhor Lela conseguiu um emprego na prefeitura da cidade como zelador, e em seguida foi nomeado diretor de estradas e rodagens.
Ao longo dos anos, decidiu se candidatar a vereador e exerceu o cargo durante três mandatos, sendo eleito presidente da Câmara. Além disso, dono de uma mente brilhante, o senhor Lela já escreveu vários poemas. E por ter vencido o Covid-19, escreveu um poema em agradecimento. Confira abaixo:
O meu Deus é o Deus onisciente
É o Deus Onipotente
Que me ama de verdade
É o Deus da mocidade
É o Deus também da velhice
É esse Deus que eu lhe disse
E para mim tem valor
É Ele quem me dá amor, na hora que eu mais preciso
Ele é o meu Deus vivo
Só a Ele dou louvor