‘Recebo muitos nudes e adoro’, diz peão Ramiro, em ‘Terra e Paixão’

O ator Amaury Lorenzo ganhou quase 350 mil seguidores desde que a novela estreou

Desde que “Terra e Paixão” estreou na Globo, há quase três meses, um personagem vem repercutindo entre os noveleiros de plantão: o peão Ramiro. Ele é um assassino, sequestrador de crianças e vive uma meia relação às escondidas com o garçom de um bar/casa noturna na cidade fictícia de Nova Primavera.

Para Amaury Lorenzo, 38, o intérprete de Ramiro, o personagem cativa o público justamente por ser controverso. O sucesso também pode ser medido em números: ele ganhou quase 350 mil seguidores desde que a novela estreou. As mensagens que recebe incluem, além de elogios, convites para sair e nudes, muitos nudes. “Em qualquer posição que você possa imaginar”.

“São de homens e mulheres de todas as idades. Eu vejo, mas não respondo”, diz, em entrevista à reportagem Amaury ressalta —mais de uma vez— que não se incomoda em receber este tipo de conteúdo. Na verdade, até gosta. Seus fãs, aliás, também são bastante saidinhos quando o encontram pessoalmente.

“Ando na rua e as pessoas me param, me pedem para eu dar um tapinha na bunda, assim como eu dou no Kelvin [personagem de Diego Martins, ]. E eu dou. Não tenho problema nenhum com isso”. Para ele, apesar de sua crueldade, Ramiro conquistou o público por uma identificação com o personagem. ‘Ele comete erros, é violento, mas também ingênuo”.

Amaury destaca a relação do peão com o chefe, interpretado por Tony Ramos, e o romance que vive com Kelvin, para descrevê-lo. “Ele não mata porque é mau, ele mata porque precisa colocar comida na mesa. Mas é afetuoso, engraçado e um pouco atrapalhado. O patrão é meio pai, um cara que cuida dele. E ele não tem família, então encontra no Kelvin um pouco de afeto”.

Este é o primeiro papel fixo do ator na televisão. Antes, ele dava aulas de teatro para crianças e adolescentes e diz já ter formado mais de mil alunos. Mineiro de Congonhas, Amaury se mudou para o Rio de Janeiro ainda adolescente. Duro, não tinha dinheiro para a passagem de ônibus até a UFRJ, onde estudava artes cênicas. Ia a pé, caminhando por mais de uma hora.

“Viver o Ramiro é uma legitimação do meu trabalho. Pode ser que eu não continue na Globo após o fim da novela, mas a diferença vai ser que vou conseguir pagar minha passagem.”

Folhapress

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