Prefeito de Maragogi enrola, enrola e não diz nome de seu sucessor

Apesar de ter confessado, em entrevista a uma emissora de rádio, na tarde dessa segunda-feira (13), que se reuniu recentemente com o deputado federal Arthur Lira, o prefeito de Maragogi disse que ainda não foi decidido o nome do seu sucessor. Esperava-se que desse encontro saísse finalmente o tão aguardado nome. Mas o gestor limitou-se a contrariar “ao-tudo-dito” e falou que o presidente da Câmara dos Deputados “deixou-o muito à vontade, não interferiu em nada, absolutamente nada”. Que ele, Arthur, tem muito interesse, pois Maragogi é o único lugar que o primo tem apoio formal na região norte.

Arthur teria dito: “Quem tem que resolver essa questão das eleições de Maragogi, de quem é o candidato, é você e seu grupo”. “Eu falei os nomes dos pré-candidatos”, revelou o prefeito. “Ele não discordou de nenhum. Falei que tinha feito uma qualitativa, acompanhado pesquisa. Ele (Arthur) disse: ‘Não demore muito, mas também não tenha tanta pressa’”. É exatamente isso o que o gestor tem demonstrado: a total ausência de pressa.

Os três pré-candidatos seriam César Lira, Dani Vasconcelos e Ênio Cavalcante.

“Mas já marquei reuniões com alguns dos pré-candidatos, agora no dia 15, quarta-feira, e a gente vai conversar, para ir alinhando”, informou o gestor. “Porque o esforço da gente é não perder nada, ninguém. É manter o mesmo grupo. Manter a unidade desse grupo, que a gente quer crer que, aparando algumas arestas, porque tem, já que é um grupo muito grande, a gente tem amplas chances de, evidentemente, derrotar mais uma vez a oposição.”

Certamente é essa a sua maior cautela: manter a união do grupo. Não vai ser uma tarefa fácil. Nesse mundo do poder, egos e vaidades prevalecem, alimentados por ambições pessoais.

Dentro desse contexto, sobre o adversário, alguém disse: “Se a oposição de Maragogi se unir, rapidinho aparece o nome do pré-candidato do governo. Basta Madeira, Fernando da Skol e Júnior de Barra Grande postarem uma foto juntos. No momento seguinte, o prefeito acaba com esse suspense.”

O gestor disse ainda que não ele que vai indicar o nome do seu sucessor: são as consultas com o grupo e a eles próprios. “Aí precisa segurar as vaidades, precisa ser grande, precisa melhorar o discernimento, para poder escolher os dois”, alertou. “Porque agora, nessas alturas do campeonato, o bojo vai ser… Como os três são da minha confiança, e eu fiquei de indicar o vice da minha confiança, está aí, entre esses três, dois. Não tem nem o que tirar de outro canto. Vamos torcer para que esse nome saia até antes do Natal e, até lá, eu já anuncie publicamente. Quem sabe até dia 16, dia 17, final do mês.”

Mais uma vez, o prefeito disse – e não disse.

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