Fernando da Skol: “Meu nome está à disposição do governador Paulo Dantas para compor chapa majoritária em Maragogi”

Fernando da Silva, ou Fernando da Skol, como é conhecido, nasceu na cidade de Porto Calvo, em 27 de outubro de 1972. Filho da dona de casa Maria Luzinete da Silva. Casado com a contabilista Valéria Cristina Cavalcante de Mello, com quem tem um filho, Guilherme, de 16 anos de idade. Tem mais dois filhos do primeiro casamento: Fernando da Silva Júnior, de 31 anos, e Franklyn Felipe de Souza Silva, de 30 anos. Entrou na política no ano de 2000, no município de Porto Calvo. Foi eleito vereador, pela primeira vez, em 2005.

Transferiu-se para Maragogi em 2007. Foi candidato a vereador na capital da Costa Dourada, pela primeira vez, em 2008, já sendo eleito. Porém, por motivo partidário, não pôde assumir o mandato. Candidatou-se novamente em 2012, sendo o quinto mais votado, com 517 votos. Ficou como primeiro suplente da coligação. Persistente, em 2016, saiu candidato outra vez, e foi eleito como o segundo mais votado, com 958 votos. Em 2020, foi reeleito com mais de mil votos, mostrando que sua popularidade só aumenta.

Aos 51 anos, depois de mais de duas décadas de vida política, Fernando quer alcançar novos planos, e se lança como pré-candidato a prefeito de Maragogi nas eleições de 2024.

Fernando ao lado da esposa, Valéria. Fotos: arquivo pessoal.

MN – O senhor confirma que é pré-candidato a prefeito de Maragogi?

FERNANDO – Sim.

MN – Depois de dois mandatos de vereador e tantos anos na cena política de Alagoas, o senhor decidiu que está na hora de ser prefeito de Maragogi? O senhor se acha preparado?

FERNANDO – Sim, todos esses anos que estou na política serviram para me preparar para este momento.

MN – Qual o diferencial de Fernando da Skol para os outros pré-candidatos?

FERNANDO – Falar sobre o diferencial entre outra pessoa e eu não é algo fácil, porque todos nós temos qualidades e defeitos, mas algo que possa destacar é minha sinceridade. Se alguém me procura necessitando de ajuda, direi na cara da pessoa se posso ou não ajudar. Se puder resolver, farei da melhor forma, caso contrário, direi que tal coisa não posso ou não tenho como ajudar, e aconselho a procurar outra pessoa. Não sei ficar jogando as pessoas para lá e para cá.

MN – Qual a maior qualidade de Fernando da Skol?

FERNANDO – Cuidar das pessoas, em especial os que precisam de algo na área da saúde, porque podemos viver sem quase nada, em várias áreas da vida, mas viver com a saúde adoecida por algum motivo, é impossível viver bem.

MN – Quais os maiores serviços que o senhor prestou à sociedade de Maragogi?

FERNANDO – A área da saúde é o que me destaca. Ter algumas amizades dentro dessa área, tem me feito um facilitador para que os maragogienses, em especial as mulheres que me procuram, querendo fazer algum tipo de cirurgia.

MN – Perdoaria o prefeito de Maragogi?

FERNANDO – Sim, porque entendo que diferenças na política sempre irão existir.

MN – O senhor faria parte do grupo do atual gestor?

FERNANDO – Depende. Precisaria ouvir as pessoas que hoje estão ao meu lado, me dando apoio político dentro do estado. Dizer SIM ou NÃO, com toda a certeza requer, da minha parte, ser cauteloso. É necessário sentar e ouvir o que este grupo, que tem me apoiado, tem a dizer, qual a decisão que devo tomar. Portanto, o que posso afirmar é que a resposta para esta pergunta será respondida por este grupo, e não apenas por mim.

MN – Existe mesmo um acordo entre o governador, o senhor e Marcos Madeira? Para que o senhor e o ex-prefeito integrem uma chapa majoritária, sendo o candidato a prefeito o que estiver mais bem posicionado nas pesquisas até o começo do ano que vem?

FERNANDO – Existe conversa para que possamos chegar a uma decisão, a melhor para todos do grupo. Fernando da Skol hoje é um nome que está à disposição do governador para ser candidato na chapa majoritária nas eleições de 2024, em Maragogi, isso todos pode ter certeza.

Fernando com o deputado Henrique Chicão e o governador Paulo Dantas.

MN – Quais as prioridades para o Fernando prefeito?

FERNANDO – Cuidar da cidade, através das políticas públicas que o gestor tem à disposição. Em especial, quero lutar para que todos tenham saúde e educação de qualidade. E particularmente, cuidar dos jovens, para que eles queiram permanecer morando na sua cidade e não tendo que sair do município, porque a gestão os deixa de lado. Quero que os jovens tenham o direito de escolher continuar aqui, e se escolher ir embora, que jamais seja porque a gestão não os prioriza.

MN – Com quais nomes da política municipal o senhor gostaria de formar seu grupo?

FERNANDO – Não escolho nomes. Mas, digamos que escolheria aqueles que acreditam no meu trabalho para uma Maragogi melhor. Na política, temos que aprender a lidar com vários tipos de pessoas, um nome não pode ser excluído em prol de outro, porque cada um é bom em algo. Então, enquanto político, preciso saber extrair o melhor de todos que queira estar ao meu lado.

Não quero o palco e os holofotes apenas para mim, quero que todos sejam participantes na construção e manutenção de uma Maragogi melhor, e isso só será alcançado quando nós, políticos, entendermos que grupo político deve ser formado por todos que acreditam na ideia do líder. Liderar é saber conduzir os que estão ao seu redor com o mínimo de mal-estar possível.

MN – Qual o motivo do rompimento do senhor com o prefeito Sérgio Lira?

FERNANDO – Durante o tempo em que fiz parte do grupo político do senhor prefeito Sérgio Lira, tivemos um bom relacionamento, nos entendíamos muito bem. Mas depois das eleições, ele não aceitando a excelente votação do meu candidato a deputado estadual, resolveu me tirar do grupo, passando a ideia aos outros de que eu o havia traído, coisa que ele sabe que é mentira. Nunca o traí e jamais faria isso, porque prezo pelo meu caráter. Ele soube desde o início que meu apoio iria para o deputado Chicão, e ele concordou. Agora, se o prefeito achou que eu apoiaria a candidatura do Chicão apenas de boca, aí foi o achismo dele, que deveria saber que sou o tipo de político que tem a missão de fazer a melhor campanha possível para os votos aparecerem nas urnas. E foi o que eu fiz: meu candidato foi muito bem votado, e isso desagradou ao prefeito. Com raiva e ouvindo alguns que o rodeiam, achou por bem me tirar do grupo dele, e ainda tirou todos os meus indicados que exerciam algum cargo na prefeitura, esquecendo ele que estas pessoas foram indicadas por mim, mas na eleição municipal votaram em Fernando da Skol e no senhor prefeito Sérgio Lira, portanto, seus eleitores também.

MN – O que é necessário para se ganhar uma eleição para prefeito em Maragogi? Por quê?

FERNANDO – Duas coisas muito importantes: trabalho e credibilidade. Trabalhando bem, agindo com clareza, tanto para a população como para o grupo que está ao seu lado, faz com que se ganhe a confiança da população, e isso gera credibilidade dentro do grupo, fazendo com que a condução de gerir o município seja de maneira mais leve possível. Isso é difícil? Com certeza, mas não é impossível de alcançar. Se não tiver trabalho e credibilidade, não chegamos a lugar nenhum.

MN – Um erro do prefeito Sérgio Lira.

FERNANDO – Acreditar nos “baba ovos”, fazendo ele tomar decisões precipitadas, sem oportunizar, ouvir as pessoas envolvidas, e que o ajudou a chegar até a cadeira de prefeito por mais dois mandatos.

MN – Um acerto.

FERNANDO – Reconheço que são vários. Ele trouxe muitos benefícios para o município, que aqui cito três: pagar o salário em dia, conduzir a educação de maneira que se vê a olho nu – como as escolas bem cuidadas e com merenda de qualidade para os alunos –, e na saúde também. Cabe destacar as especialidades médicas que hoje a população tem à disposição dentro do próprio município, para cuidar e tratar da sua saúde.

MN – Um erro do ex-prefeito Marcos Madeira.

FERNANDO – Confiar demais nas pessoas. Não podemos confiar cegamente nas pessoas, porque são seres humanos passíveis de erro, e muitas vezes, quem erra conosco, nos trai. Confiança na política precisa ser dosada e oferecida aos poucos. À medida que tal pessoa prova sua fidelidade, nas suas ações, vamos disponibilizando um pouco mais de confiança.

MN – Um acerto.

FERNANDO – Reconhecer seus erros, e geralmente quando um homem reconhece que errou, a tendência é aprender que aquilo não deve se repetir. O erro amadurece o ser humano e o torna mais cauteloso na hora de tomar novas decisões.

MN – Quais os defeitos gritantes do município de Maragogi e o que o senhor faria para resolvê-los?

FERNANDO – O que mais sofremos em nosso município são com esses esgotos direcionados para o mar, isso é o cúmulo do absurdo. O bem mais precioso que Maragogi tem são suas belezas naturais. Nosso mar é fonte de renda para inúmeras famílias, e é o que mais atrai o turista, não só daqui, mas da região e do nosso estado. É inadmissível que esse mar belíssimo se torne a fossa da cidade, afetando a vida marinha e consequentemente as famílias que vivem e sobrevivem do turismo local. A gestão não pode terceirizar os cuidados do nosso mar para empresas fazerem o quê e como quiser, e se o faz, é necessário que no mínimo fiscalize. Competência sei que tem para fiscalizar de maneira correta. Então por que não o faz? A população precisa urgente dessa resposta e infelizmente não sou eu quem deve responder. As estradas da zona rural é outro grande mal. No inverno, fica praticamente intransitável e todos nós sabemos que é na zona rural que vivem nossos agricultores e sua família, que precisam das estradas em estado, no mínimo, satisfatório para fazer o escoamento da sua produção. O comércio local e da região lucra com nossa agricultura, temos uma extensa produção de alimentos, que são plantados e colhidos na zona rural, e que precisam chegar até às mesas da população de forma rápida e segura, e as estradas rurais não possibilitam tal coisa, especialmente no inverno. Sem falar que na zona rural moram famílias que necessitam dos serviços que se encontram na cidade ou na região, e com as estradas ruins, é mais difícil terem acesso. Seus filhos precisam estudar na cidade, as ambulâncias têm que chegar para socorrer quem precisa, os funcionários da saúde, educação e demais órgãos precisam trabalhar na zona rural todos os dias, e tantas outras coisas.

Então teremos que resolver essas situações de maneira correta para facilitar a vida de todos.

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