Marcos Madeira: “Maragogi é uma cidade que privilegia meia dúzia de pessoas, em detrimento da maioria.”

Em março deste ano, o ex-prefeito Marcos Madeira, que pretende batalhar para vencer as eleições majoritárias de Maragogi no ano que vem, tinha a preferência da maioria dos eleitores do município. Segundo uma pesquisa feita pelo Instituto Falpe, 29% dos entrevistados responderam o nome de Madeira para prefeito, se as eleições fossem no atual momento.

Em agosto, nova pesquisa realizada pelo mesmo Instituto, mostrou que esse percentual aumentou para 33%, mais que o dobro do segundo colocado, Fernando da Skol, que ficou com 15,5%.

Marcos Madeira já foi prefeito de Maragogi por dois mandatos consecutivos (2005 a 2008 e de 2009 a 2012). Depois, ainda conseguiu eleger seu sucessor, o primo Henrique Peixoto, e o filho Marquinhos Madeira, que foi deputado estadual por dois mandatos. Candidatou-se a deputado estadual nas eleições de 2018, mas não conseguiu se eleger. É formado em Direito pelo Centro Universitário CESMAC. Natural da cidade de Viçosa, Alagoas. Hoje com 61 anos, quatro filhos e seis netos, revela que o tempo e alguns fatos adversos serviram para amadurecer e diz, na entrevista a seguir, que é um novo Marcos Madeira.

Arrastão do Madeira pelas ruas de Maragogi.

MN – O senhor é mesmo pré-candidato majoritário nas próximas eleições ou se houver um acordo político com o governador Paulo Dantas, o senhor aceita ser vice ou até mesmo fazer parte de um grupo político da oposição?

Marcos Madeira – Eu sou pré-candidato a prefeito, mas estou aberto ao diálogo com o grupo de aposição para mudar a política e a situação que hoje vive a nossa Maragogi. Eu não tenho apego ao cargo de prefeito, mas se for para melhorar a nossa Maragogi, se for para beneficiar o povo de Maragogi, eu posso ser vice, eu posso ser o pré-candidato a prefeito, e posso até não ser. Mas o que eu quero é que Maragogi saia do marasmo que hoje vive.

MN – Então o senhor aceitaria ser vice, sem restrições?

Marcos Madeira – Com certeza, sim, com certeza, sem restrição. Agora, por exemplo, eu para ser o pré-candidato a vice, vou respeitar uma pesquisa onde o meu nome esteja abaixo de outro. Vamos dizer que qualquer outra liderança de oposição esteja à minha frente, eu com certeza terei a humildade de ser um pré-candidato a vice, porque eu vou respeitar a vontade do povo.

MN – O senhor acredita numa aliança com o vereador Fernando da Skol?

Marcos Madeira – O Fernando da Skol é um dos vereadores que mais trabalham em Maragogi. Um vereador que trabalha na área da saúde, é um vereador atuante, e eu sou o político que estou de portas abertas para qualquer vereador, eu não tenho rejeição a nenhum vereador de mandato e nenhum político que queira ajudar. O vereador Fernando da Skol é um grande líder, e não depende de mim, depende dele, da vontade dele, de querer compor comigo. Então não tenho nenhuma objeção ao Fernando da Skol. Eu acho que é um grande líder, que soma com qualquer político, que seja eu o candidato a prefeito ou qualquer outro, ele somaria. Além de ser um candidato em potencial, que pode até ser candidato a prefeito.

MN – Recentemente, o jornalista Mozart Luna publicou em sua coluna que Fernando da Skol teria conversando com o deputado estadual Marcelo Victor, e que já teria acordado para ele, Fernando, ser o vice. Fernando negou. O senhor sabe o que aconteceu?

Marcos Madeira – O vereador Fernando da Skol tem conversado comigo junto com o deputado Chicão. Mas eu nunca afirmei isso para o Mozar Luna. Não sei de onde ele tirou essa afirmação de que o Fernando seria o meu vice. A gente já teve uma conversa, eu, ele e o Chicão, e conversamos sobre o futuro eleitoral de Maragogi. Agora, não sei de onde o Mozart tirou essa informação. Acho que o Fernando é um candidato em potencial a prefeito, assim como tem outros. Como o Júnior da Barra Grande, o vereador Fio. E quem sou eu para dizer assim: fulano vai ser meu vice? Não, essa questão a gente vai resolver lá na frente. Está muito cedo para decidir quem é o vice de cada candidatura. E, assim, a política é uma ciência muito dinâmica. Hoje, de repente, eu sou o nome que aparece melhor na pesquisa, vamos dizer, e para o ano eu não sei se o meu nome é o melhor da pesquisa. Então a gente tem que ter a humildade de compor com quem quer que seja, para que Maragogi seja uma cidade próspera, como já é, e que a gente contribua na política, que é uma ferramenta muito importante para mudar destinos, para mudar a vida das pessoas. Então, eu estou aberto ao diálogo, com qualquer político. Eu sou aquele político que não guarda mágoa de ninguém. Mas, vou respeitar a opinião e a vontade do povo, que é quem manda na política.

MN – De acordo com duas pesquisas divulgadas, o senhor lidera a intenção de votos dos eleitores de Maragogi. O que o senhor fará para manter-se nessa posição até outubro de 2024?

Marcos Madeira – Olha, o que vou fazer é continuar conversando com os eleitores, conversando com as lideranças. Hoje eu tenho o privilégio de ser aliado de um grande governador, que é o Paulo Dantas; eu tenho o privilégio de ter aliados como o Marcelo Victor, que é meu deputado, e é o meu… vamos dizer assim, a minha direção, o meu norte político, eu ouço muito o Marcelo Victor. Vou dizer a você por que eu ouço muito o Marcelo Victor. É um cara que acertou. Marcelo Victor acertou no governador, foi ele quem acertou no senador. Então eu sou fã do Marcelo Victor, porque é um político altamente inteligente, é um político sério e visionário. Por isso eu marcho muito na cartilha do meu amigo e deputado, que é o presidente da Assembleia, Marcelo Victor.

MN – O senhor também é o primeiro no número de rejeições. Como pretende lidar ou vencer esse percentual?

Marcos Madeira – Eu já assumi, já fui prefeito por dois mandatos, e consegui eleger um sucessor depois disso. É natural que você tenha uma rejeição, entendeu? Porque os aliados do prefeito que aí está, são totalmente contra a minha candidatura, contra a minha… vamos dizer assim, contra a minha ascendência política. Então, eu tenho 16%. E tenho consultado cientistas políticos, pessoas que entendem de política, que têm me dito que esse percentual não é grande. Se você tiver até 30% de rejeição, você tem 70% que lhe abraça.

MN – Até porque ainda temos um bom número de pré-candidatos, ainda não temos aquele número enxuto, para que possamos tirar realmente alguma conclusão.

Marcos Madeira – É verdade. O número de pré-candidatos hoje é um número grande. Mas, quando chegar próximo às eleições, vamos ter, eu acho, 3 ou 4 candidatos. Teremos, no máximo, 4 candidaturas postas aí no nosso município para o povo escolher quem será o próximo prefeito, o próximo gestor dos próximos 4 e até os 8 anos, se o cara se reeleger.

MN – Qual o melhor adversário a ser enfrentado?

Marcos Madeira – Hoje, esse adversário seria o candidato do prefeito, se Deus me der essa oportunidade. Até hoje o prefeito não definiu quem será seu candidato. Tem 3 ou 4 nomes, mas ele ainda não definiu quem será. Portanto, ninguém sabe até o momento qual nome ele vai indicar.

MN – Para o senhor, essa indecisão do prefeito significa o quê, já que ele teve todo o tempo do mundo para escolher seu sucessor?

Marcos Madeira – Eu acho que o atual prefeito não está muito preocupado quem será o sucessor. Ele já tirou dois mandatos, colocou o filho como candidato a deputado e não se empenhou, não se empenhou nem para o filho, imagine para um sucessor. Eu não acho que ele esteja muito preocupado com isso, não, tanto é que vamos chegar próximo às eleições e ele não definirá quem será seu candidato. Se fosse o contrário, acho que ele já teria que estar trabalhando para fazer seu sucessor, se ele realmente quisesse. Está uma coisa assim muito vazia.

MN – Sérgio Lira é seu maior cabo eleitoral?

Marcos Madeira – Não digo que ele está sendo o meu maior cabo eleitoral. Mas ele tem feito uma gestão que eu, se Deus e o povo de Maragogi me derem oportunidade de voltar a ser gestor, eu vou corrigir muita coisa, vou corrigir essa questão de SMTT de prender as motos do povo, essa questão de perseguir vendedores ambulantes, eu vou corrigir essa questão da ganância de cobrar impostos absurdos aos empresários, que hoje Maragogi tem desenvolvido por conta dos empresários, que têm feito o seu dever de casa a todo custo. A gestão não tem incentivado o turismo. Maragogi é uma cidade de vocação turística, mas o gestor não tem feito o dever de casa, de colocar um calendário de eventos. Temos que voltar com o Festival da Lagosta, voltar o Festival do Marisco. Maragogi precisa ter eventos. Maragogi não está sendo divulgada. Hoje a gente vive porque Deus nos colocou uma grande coisa, que são essas belezas naturais. Mas o poder público não tem feito o seu dever de casa. Qualquer um, que seja eu ou que seja outro prefeito, vai ter um trabalho enorme de corrigir os defeitos que as perseguições têm causado. Maragogi hoje é uma ditadura. Quem é do lado do prefeito, tem as beneficies; quem é opositor, sofre as perseguições. Vivemos em dois Maragogis. E esse tipo de coisa não pode mais acontecer. Vivemos em pleno século 21, onde o prefeito faz uma gestão medíocre, não divulga o município, acabou com o esporte, está acabando com o campo de futebol. Então, para concluir, é uma gestão que não está preocupada com o desenvolvimento do município. Atravessamos um momento de atraso, de tristeza.

MN – O senhor tem procurado o apoio de lideranças políticas do município? Como está sendo a receptividade?

Marcos Madeira – Tenho conversado com todos os políticos de Maragogi. Eu sou político, mantenho as portas abertas, e eu tenho conversado com todos. Só tenho uma certa é restrição e uma certa rejeição com os Vasconcelos, porque foram pessoas que eu ajudei e que me traíram, me perseguiram, e eu quero conversa pouca com esse pessoal.  Essa família é um tipo que, se disser assim, para você ser prefeito, você tem que compor com essa família, eu desisto de ser prefeito. Desisto de ser candidato.

MN – Não tem acordo, pelo menos no momento?

Marcos Madeira – Nem no momento, nem no futuro.

Madeira com o governador de Alagoas, Paulo Dantas. Fotos: arquivo pessoal.

MN – O senhor tem o apoio do governador Paulo Dantas nas eleições de 2024? Marcelo Victor também o apoiará?

Marcos Madeira – Não tenho dúvida. Sou um aliado do governador Paulo Dantas de primeira hora, sou do partido do PV, que é o partido que o Marcelo me indicou. Fui e sou um aliado do governador, que tem dado toda a estrutura que eu tenho reivindicado. Por exemplo, as obras de infraestrutura daqui, que são de fundamental importância, são do governador Paulo Dantas, e eu lhe sou muito grato. Sou amigo irmão do deputado e presidente da Assembleia Marcelo Victor. Eu tenho acompanhado, tenho tido reuniões com o Marcelo Victor, com o governador, com o secretário Rui Palmeira. Acompanho as obras de infraestrutura, como a questão da água, a captação da água, o serviço de saneamento básico, que são realizações do Governo do Estado, através do secretário Mozart Amaral, que está vindo por esses dias a Maragogi, junto com o secretário Rui Palmeira. Tenho reivindicado benfeitorias e o Governo do Estado não tem medido esforços para ajudar Maragogi. Veja as obras do aeroporto, que assim que pararem as chuvas, vão retomar de vento em poupa. Enfim, é um grande aliado. Eu fui um cara que acertei politicamente. Eu votei em todos os candidatos do governador Paulo Dantas. Votei nele, votei em Marcelo Victor, votei no Luciano Amaral, que é deputado federal, meu aliado, votei no Lula e votei no senador Renan Calheiros. Então, eu votei na chapa completa do atual governador. Portanto, não existe motivo para eu não dizer assim: eu estou topado com o governador e o governador está topado comigo. Agora mesmo vem o Vida Nova nas Grotas, que é uma obra de infraestrutura que tem dado certo em todos os municípios, vai ser aplicado no Conjunto Adélia Lira, é uma reivindicação nossa, e, repito, o governador não tem medido esforços para nos ajudar. É um aliado de primeira hora.

MN – Como anda a relação entre o senhor, Renan pai e Renan Filho?

Marcos Madeira – Minha relação com Renan pai e Renan filho é que eu sou eleitor deles em todas as eleições. Sempre votei no Renan, sou fã do Renan pai e do Renan filho. E tanto o pai quanto o filho são inteligentes, e eles têm lado, eles são os políticos que têm lado. E eu não tenho dúvida. Tanto é que o MDB, partido que eles comandam no estado de Alagoas, está sob nossa, vamos dizer assim, sob a nossa direção, sob nosso comando. E são ligados ligadíssimos, são próximos do Marcelo Victor, que é uma grande cabeça, uma grande liderança política no estado de Alagoas. Marcelo tem um poder de juntar. O Marcelo conseguiu levar, com ele, catorze deputados para o MDB. Entendeu? Então, é uma força muito forte, e esses homens são meus aliados de primeira hora, nunca deixei de votar neles, e depois que eu fiz uma aliança com o Marcelo Victor, essa junção só teve a se fortalecer, só fortaleceu.

MN – O vice-prefeito Gabriel Vasconcelos disse recentemente, se referindo ao senhor, abre aspas: “o ex-gestor fala tanto de cuidar de pobre, e na realidade ele transformava a vida do pobre num lixão”, citando o Deda Paes. Mais na frente, Gabriel também acusa o senhor de “maquiar o número de visitantes às piscinas naturais de Maragogi”. O que o senhor tem a dizer?

Marcos Madeira – Eu não sou muito de palavras de baixo calão, mas essa família Vasconcelos são os vermes da política de Maragogi. Essas pessoas foram ajudadas por mim, e são políticos aproveitadores. Quando eu estava na prefeitura, eu era o melhor prefeito. Cheguei a arranjar emprego… o primeiro emprego do vice-prefeito Gabriel quem arranjou fui eu, lá na usina do meu amigo saudoso João Lyra. Eu empreguei a família quase toda dele, enfim, hoje são pessoas ingratas e, portanto, é o que eu digo, não tem conversa política com esse povo. Não sou inimigo, mas são as pessoas que mais prejudicam o Maragogi, são as pessoas que só pensam na própria barriga, são as pessoas que hoje acabaram com a atividade aquaviária. Vou dizer a você por quê. Eles pegaram… o primeiro alvará de catamarã deles fui eu que dei. Fui eu que pedi ao prefeito Henrique, na época, e foi concedido. Eles esculhambaram essa atividade, junto com o prefeito que aí está. Eles fazem passeio por 25 reais, quando é uma atividade que poderia dar muito lucro a todos, eles fazem passeio por 25 reais. Quando um passeio desses não poderia custar menos de 100 reais. Eles fazem isso em detrimento da maioria. São pessoas que são beneficiadas, obviamente, com o apoio do prefeito. Fazem um passeio a 25 reais, três ou quatro viagens por dia, quando só se pode dar uma. Entendeu? E aí, o escuneiro, o lancheiro, o dono de catamarã, que não é aliado do prefeito se ferra. São esses Vasconcelos, esse vice-prefeito, são os grandes destruidores das piscinas naturais. Porque as piscinas naturais têm que ser preservadas, elas não podem receber mais pessoas do que a capacidade permitida. Por exemplo, hoje as galés, quando eu, o Zé Valdemar, e muitas pessoas que vivem há muito tempo aqui, nós tomávamos banho com água no joelho, colocávamos cadeiras e sentávamos, e tinha até pessoas que jogavam bola nas galés. Essa questão de quantidade está acabando com a galinha dos ovos de ouro que que são as piscinas naturais. E são essas pessoas que estão pensando hoje só na sua barriga, hoje, só nesse momento, que estão destruindo esse grande  potencial que são as piscinas naturais.

MN – O senhor acredita que Sérgio Lira tem 80% de aprovação do seu governo?

Marcos Madeira – Eu não acredito porque é uma administração medíocre, é uma administração que você vai na UPA, falta remédio, é uma administração que persegue as pessoas. O gestor não se elege para perseguir, ele se elege para cuidar, e olha que o cara que é médico tem que ter essa sensibilidade. Então a gente vive aqui com medo, o povo tem medo de declarar as suas opiniões. Hoje Maragogi é uma cidade que anda para trás. O próximo prefeito, se for eu, se Deus me der essa oportunidade com o povo, de ser o próximo prefeito, vai ter um trabalho enorme de reconstruir os desmandos e de corrigir os absurdos que foram cometidos por essa gestão. Ela é tão perseguidora que não consegue visualizar o mal que está fazendo à população. Maragogi hoje é uma cidade que acabou com o incentivo aos professores, o Plano de Cargos e Carreiras dos professores. O prefeito conseguiu acabar. Maragogi é uma cidade que privilegia meia dúzia de pessoas, em detrimento da maioria.

Madeira com o deputado federal Luciano Amaral, deputado estadual Marcelo Victor e o governador Paulo Dantas.

MN – O que o senhor gostaria de ter feito por Maragogi e não fez?

Marcos Madeira – Primeiro: eu tenho a minha consciência tranquila de que eu fui um prefeito, um gestor que contribuiu com o desenvolvimento de Maragogi. Maragogi é uma cidade que tem vocação turística, mas eu vi várias necessidades e corri atrás. Uma delas foi a questão da Educação. Fui o gestor que coloquei duas universidades aqui na nossa gestão. A universidade Aberta do Brasil, o Instituto Federal de Alagoas, o Ifal, que aí está. Eu vi a necessidade, de como uma cidade de vocação turística, de trazer uma UPA, uma Unidade de Pronto Atendimento, que por coincidência, não está sendo bem cuidada, se você passar na frente dela, vai ver os vidros caindo… Eu tenho tido notícia de que é muita goteira, que não tem tido manutenção. Então Maragogi foi uma cidade que foi divulgada no exterior, nas feiras de turismo, e, assim, eu tenho a certeza de que eu fiz o meu dever de casa. Mas Maragogi precisa ser reconstruída. Eu desafio qualquer político ou qualquer pessoa para me responder à seguinte pergunta: qual a grande obra do prefeito que aí está? Você não vê uma grande obra. Todas as obras de infraestrutura que eu já falei aqui, saneamento, água, aeroporto, o Vida Nova nas Grotas, nada, não tem uma obra do governo municipal. E eu não sei por que não tem. Porque o prefeito mais competente para se cobrar imposto é esse. Ele cobra imposto, IPTU, uma casa que você pagava 200 reais, ele cobra 2.000 reais. É um exímio cobrador de impostos. E você não vê o retorno desses impostos para a população. Estão aí as estradas da zona rural acabadas, estão aí os povoados abandonados, como Barra Grande, São Bento, Peroba. Agora, é um excelente marqueteiro, ele publica as coisas e afirma: é assim, é assim. É uma gestão, vou repetir a você, uma gestão medíocre, não valoriza o funcionário, não valoriza o povo da zona rural, não valoriza nada. É só uma gestão que só pensa na barriga e na meia dúzia de pessoas que são os aliados.

MN – Por que devemos votar em Marcos Madeira?

Marcos Madeira – Fui gestor duas vezes e cometi alguns erros. Eu queria dizer a você que eu serei um novo Marcos Madeira. Sabe como eu vou ser um novo Marcos Madeira? Eu quis ser bonzinho nos mandatos passados. Eu quis agradar a todos. Agora eu vou ser um cara que vou ser justo, nem bom e nem ruim. Como vou esclarecer isso? Nem vou ser um gestor bonzinho, nem vou ser um gestor perseguidor. Vou ser justo. Queria aqui dizer ao povo que eu sou um novo Marcos Madeira. O cara que votar em mim vai votar num novo Marcos Madeira. E para isso as pessoas têm que me dar essa oportunidade, para que eu prove que eu sou um novo Marcos Madeira.

MN – O senhor, Henrique Peixoto e Sérgio Lira prometeram revitalizar a orla marítima, nosso maior cartão postal. Por que ninguém consegue ordenar a desorganização da orla de Maragogi?

Marcos Madeira – Maragogi é uma cidade que tem belezas naturais magníficas, mas é uma cidade que vive um momento muito difícil nessa questão da infraestrutura. Vou só te falar: as últimas obras de infraestrutura que o município conquistou ainda foram da nossa época, que a revitalização da orla. Colocamos naquela parte, ali no começo da orla, o cais de proteção, aquelas pedras portuguesas, iluminação e o asfalto – tudo foi da nossa época. Maragogi de lá para cá não se tem uma obra de infraestrutura digna de se ter orgulho. No nosso governo, foi asfaltada, fizemos a urbanização do centro. De lá para cá, parou, parou.  Nós tínhamos uma praça de eventos, que o prefeito acabou. Cedeu uma parte da praça de eventos para um aliado, e ainda transformou num estacionamento. É governo altamente medíocre. Porém, se faz um marketing político muito grande, e se fala muito em pagamento de salário. Salário em dia não é obra, é um dever de qualquer gestor. Digo isso porque quando eu peguei a prefeitura do Antônio Lira, que sucedeu ao prefeito Sérgio Lira, eu paguei seis meses de salário atrasado, e hoje eu sofro uma calúnia, uma difamação, que eu que atrasei salários. Herdei seis meses de salários atrasados, paguei divididos em doze meses, na época, e meu primo, o ex-prefeito Henrique, chegou a atrasar salários. Mas no último mês do governo do Henrique, se recebeu um recurso, eu tenho conhecimento disso, chamado da repatriação, em que entrou uma verba muito grande. Então, o Henrique deixou mais de dois milhões na conta, as folhas empenhadas, e o prefeito, o atual que está aí, ele desviou esse recurso. Então, o grande velhaco, em termos de salários, se chama o atual prefeito. E eu vou dizer o que acontece: uma mentira repetida se torna verdade. Ah, o salário está em dia! É uma obrigação pagar salário em dia. Levo essa culpa por conta de um primo que foi meu sucessor, de um prefeito que foi meu sucessor, mas que, eu tenho conhecimento, no último dia do governo do prefeito Henrique, ele deixou o dinheiro em conta, as folhas empenhadas e o  prefeito que assumiu, que aí está, desviou o recurso. O grande velhaco aqui se chama prefeito Sérgio Lira.

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