Novela mostra as mudanças no Pantanal ao longo de mais de 30 anos

Cenário principal usado para gravação de remake é o mesmo da primeira versão e mostra alterações locais

Após mais de 30 anos, a novela Pantanal está de volta e apresenta uma nova versão, a partir do dia 28 de março, na faixa das 21h30, na TV Globo. Entre tantas mudanças sofridas nos meios de comunicação, como a força do rádio e a evolução da internet, muitas coisas precisam ser adaptadas, já que o remake prevê tudo em tempo atual.

Outra situação que merece destaque são as constantes mudanças no Pantanal, no Mato Grosso do Sul, muito em decorrência das queimadas e secas. Mesmo assim, os atores não deixaram de topar com os animais característicos da região durante as filmagens. Por exemplo, Renato Góes conseguiu filmar uma onça pintada, já Malu Rodrigues chegou a nadar sob os olhares de jacarés.

Mesmo que a história seja o foco central da novela, o protagonista é o Pantanal, que é o fio condutor de toda a trama. O cenário principal no Mato Grosso do Sul, a fazenda, é a mesma usada na primeira versão, ou seja, será possível fazer esse paralelo nas mudanças entre o tempo e o meio ambiente. “Esses 30 anos foram muito intensos em relação às mudanças. O Marquinhos (Marcos Palmeira) falou que na época dele, na primeira versão, o Jaime gravava água, água, agua. Agora nós tínhamos muita poeira e atravessamos pouca água, por conta das questões do bioma do Pantanal, que está sofrendo uma seca muito grande e vemos o cenário mudando”, explicou o autor Bruno Luperi, que é neto de Benedito Ruy Barbosa, que escreveu a primeira versão da novela.

“A paisagem é muito próxima, mas o efeito do tempo… vai dar para perceber as mudanças com esses 30 anos, que estão presentes na obra”, acrescentou ao falar sobre a fazenda.

O Pantanal passou por uma grande queimada ao longo de todo o ano passado, quando foi gravada a trama. Durante vários meses, o local foi atingido por fogo. Ou seja, todo esse processo de queimada influenciou na mudança do cenário natural. “O agronegócio e a ação do homem chegou muito próxima a beirada do Pantanal, mostra que a bacia está enchendo menos água, as águas estão transbordando menos, mas ali a natureza fala muito alto, são muitos gritos, muitos bichos, mesmo que a temperatura seja diferente”, destacou Bruno Luperi.

O Liberal

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