Sérgio Lira evita anunciar nome e não dá garantia a ninguém

O prefeito Sérgio Lira afirmou à página Visão de Alagoas que o nome para concorrer à sua sucessão nas eleições do próximo ano estaria sendo articulado dentro do seu grupo político (fictício ou não). Convenhamos que já faz um bom tempo – e nenhum nome é anunciado oficialmente. O que só gera dúvidas e inseguranças – e ciúmes e disputas internas – entre os prováveis nomes que almejam entrar na briga com o apoio da máquina administrativa.

Ainda de acordo com a página, o gestor de Maragogi assegura que não haverá interferência política de fora – leia-se: do primo deputado federal Arthur Lyra, presidente da Câmara dos Deputados. Que, segundo as boas línguas adversárias e as más línguas partidárias, quer outro primo na dinastia: o atual superintendente do INCRA em Alagoas, César Lyra. O prefeito também revela que “as conversas estão avançadas e ele acredita que se chegará a um afunilamento dos nomes, restando apenas dois como consenso em torno do nome escolhido, por uma decisão do seu grupo político” Ponto.

No início – tudo tem um início, como na Bíblia, e um meio e um fim –, eram quatro nomes no boca-a-boca: o chefe de gabinete Ênio Cavalcante, o vice-prefeito Gabriel Vasconcelos, o vereador Major Paulo Nunes e César Lira. Certamente o gestor já deve ter excluído dois nomes da lista sem aviso prévio. Quais já eliminou e quais restam… não foram ditos. Conforme um aliado, as palavras de juramento do prefeito desmancham-se no ar. Quase ninguém do grupo confia mais. Por isso todo esse nervosismo interno.

Sérgio Lira também “confessou” que poderá renunciar, pois se especula que seu filho Wagner Lira, filiado ao PP, que teve uma votação pífia no estado e irrisória no município e foi largado no caminho na sua corrida com destino à Assembleia Legislativa de Alagoas nas eleições de 2022, considerando o pai gestor, poderá disputar uma vaga na Câmara de Vereadores, onde o pai começou sua trajetória política. Uns dizem que ele renunciaria no finalzinho do ano; outros, que em abril. Como, aliás, já ocorreu no passado: próximo do término do seu 2° mandato, Lira passou a faixa para seu então vice, Antônio Lyra – que tentou se reeleger e perdeu.

Mas, no final, ele se contradiz: “Acredito na tranquilidade do grupo, e o compromisso do projeto inicial, que era comandar Maragogi por oito anos. Agora, a expectativa é ampliar esse projeto para 16 anos.” Palavras de Lira anotadas na página Visão de Alagoas. Mas ele acalma os seus: “Vamos por parte. Primeiro vamos escolher um nome para prefeito pelo grupo; o vice será uma escolha minha. Em seguida, tomarei a minha decisão na data estabelecida pela legislação eleitoral, se fico ou deixo o cargo de prefeito no próximo ano.”

Sérgio Lira não dá a certeza de nada. A ninguém.

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