Como numa relação sadomasoquista, segue a novela do anúncio do nome do sucessor do governo de Maragogi. No seu posto de dominador, o prefeito parece sentir prazer em provocar dor nos dominados, ou seja: nos pretensos pré-candidatos, que vão ter que engolir a ansiedade.
O anúncio, que seria hoje, passou para o próximo dia 11. Isto é, se ele não mudar de ideia mais uma vez. Com os nervos à flor da pele, só resta aos demais mortais aguardar. Silenciosamente.
Lira disse que antes vai retornar a Brasília e ter mais uma conversa com o seu primo, o deputado federal e presidente da Câmara dos Deputados Artur Lira. Que “às vezes a gente promete as coisas, mas vão se atropelando, vão se embolando…” (Quem atropelou o quê?) E enquanto dava umas alfinetadas no ex-prefeito Marcos Madeira, disse, com deboche, que seu sonho de consumo é enfrenta-lo, e confessou que vai ouvir o primo antes de revelar o tão aguardado nome.
“Tenho que ouvir o Arthur, com quem tenho um entendimento de mais de seis anos. Por coincidência, estou de volta na quarta-feira (11) e anuncio o nome, com todos os interessados, para se ter uma ideia da unidade (do grupo)”, prometeu o gestor.
As perguntas angustiantes que ressoam nos porões da mente dos candidatos a pré-candidatos:
Sérgio Lira já tinha um nome para divulgar hoje e voltou atrás? Nem ele, prefeito, sabe quem indicar, por essa razão mexe tanto com as datas? Já não teve tempo suficiente para conversar com Arthur Lira? É o primo quem vai definir ou redefinir o nome? Se sim, então por que o gestor já disse que o nome sairia de decisão conjunta do próprio grupo?
Segue o baile. Ou a novela.
