Dilene, profissão: mototaxista

A nova profissão de Edilene Maria Oliveira Ataíde, ou Dilene, chama a atenção por fugir dos padrões. Dilene é mototaxista. A única mulher que presta esse tipo de serviço em Maragogi. Parece inusitado, mas não para essa mulher morena de cabelos pretos e aparência forte. Ela tirou sua CNH para trabalhar, e não para passear, como bem diz. E ama a profissão de motorista. Além de conduzir moto profissionalmente, Dilene também é bugueira, desde 2020. Há três meses é mototaxista.

Dilene vive uma relação estável com César Rodrigues Rocha, que também é bugueiro, há 8 meses. Mãe de um casal de filhos, a morena é natural da cidade de Porto calvo e reside em Maragogi há 10 anos. Antes de guiar moto e buggy para sobreviver, foi cozinheira num restaurante da orla.

Por que foi ser mototaxista? “Amo andar de moto. É uma adrenalina boa”, confessa Dilene. “E porque precisava ter uma renda a mais, já que no buggy não estava dando para passar no inverno. Além do mais, estou acostumada a trabalhar com liberdade, sem patrão.”

Sobre o marido sentir ciúmes, ela diz que ele é tranquilo. “Já perguntei se minha profissão lhe incomodava, ele respondeu que não. Aí quis saber se ele não tinha ciúmes. Ele falou que sim, mas que sabia se controlar. Disse que vê como uma profissão normal e que se orgulha de mim, pois já me conheceu no buggy, com muitos homens, e viu que sou tranquila, por isso confia, e num relacionamento, confiança é a base de tudo.”

Em relação aos colegas, diz que tem uns que não se sentiram bem com a sua presença, mas a maioria a recebeu de forma natural. “Estamos nos dando bem. Mas, como em todo trabalho, tem suas desavenças. E comigo não foi diferente. Mas no geral me dou bem com todos. Me sinto bem recebida e tenho todos como uma família, até porque estou mais aqui com eles do que com meus filhos e marido.”

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