Como viver sem Glória? Não sabemos

Não é porque eu não te conheço pessoalmente que eu não possa sentir algo forte por você. Eu nunca te toquei, mas te vi inúmeras vezes. Você também olhou no fundo dos meus olhos em várias ocasiões. Apenas você tinha um jeito de falar conosco. O seu carinho, a sua preocupação com os brasileiros, já eram suficientes. Não pude te abraçar, porém, quis, com você, compartilhar momentos únicos e mais, mostrar que sorrir era a cura para um mundo de incertezas.

Neste segundo parágrafo, quero agradecer imensamente a Glória Maria, dizer que não era apenas mulheres negras que a tinham como referência, os homens negros também a enxergavam como símbolo de luta por igualdade. Aliás, nada blinda o preto do racismo.

Como viver sem Glória? Não sabemos. Uma repórter presente em momentos marcantes do Brasil e do mundo, a primeira jornalista negra da tv brasileira, primeira mulher preta aqui neste país a aparecer na tv em cores. A revolucionária. A guardiã da chave que abriu tantas portas. Você, Glória Maria, foi e sempre será gigante. Transpassasse qualquer perspectiva que se tinha para uma mulher negra na tv, e acrescento, ultrapassasse o próprio jornalismo.

Obrigado, Glória! Glória para todos nós!

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