Prefeitura de Maragogi reajusta valores das diárias do prefeito, do vice e dos secretários

A prefeitura de Maragogi publicou mais um decreto no Diário Oficial dos Municípios (DOM). Mas dessa vez não é “um decretinho” esculhambado, desses que eles fazem só para cumprir tabela. Que ninguém cumpre.

Nada disso.

Esse é pra valer. É um decretão.

Trata-se do decreto de nº 11/2023, foi publicado no último dia 17. Pois é, na sexta-feira de Carnaval. E ficou lá, escondidinho. Parece que a prefeitura não fez questão nenhuma de divulgá-lo na mídia. Ao contrário dos outros “do mundo do faz de conta”.

Por que a prefeitura não o divulgou?

A quem o decreto beneficia?

Qual seu teor?

Para a primeira pergunta, não temos resposta.

Para a segunda, temos, sim: beneficia a ele, prefeito, ao seu vice, e ao seu secretariado.

E qual seu teor? Bem, ele reajusta os valores das diárias. Diárias, para quem está chegando agora, são… Bem, podemos considerar como um ato de generosidade do poder público (nosso dinheiro) para com “os seus”. Às vezes, entre “os seus”, estão mulher, filhos, sobrinha… Ah, e também às vezes, até os “cachorrinhos” de casa.

Mas, porém, contudo… Diárias, oficialmente, são “ressarcimentos” que o governo paga para o seu “esquadrão de elite” (exaltação), quando algum de seus conceituados membros se desloca para outras cidades a serviço da municipalidade.

Então, pelo novo reajuste, assim ficam os valores:

Deslocamento de 51 km até 100 km: R$ 404,37. Por exemplo, se o prefeito, o vice, ou o secretário precisar resolver alguma bronca em Matriz de Camaragibe, embolsa mais de 400 reais. Nada mal, né? Pelo menos o cachorro quente e o caldo de cana estão garantidos.

Se a viagem for até a capital do estado, esse valor sobe para R$ 539,16.

Mas a farra não para por aí.

Se o deslocamento for para fora do estado, podem levar até 1.078,32. Isso mesmo. É o caso de uma viagem acima de 1.500 km.

Lembrando que as passagens de avião são sempre custeadas pelos cofres do Município.

Lembrando, também, que um secretário recebe 7 mil reais de salário.

E, para finalizar, que cada um deles tem cota mensal de combustível, e algumas secretarias têm seu próprio “fundo” (dinheiro que entra em conta especial, que o titular da pasta tem total domínio para administrar).

A pergunta: por que o gestor não é assim tão “generoso” quando se trata de conceder direitos e benefícios aos funcionários efetivos, aposentados e até os contratados?

A falta de interesse (ou o desprezo) é porque os parentes e os “chegados’ estão noutro patamar?

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.