Aprovaram o desconto de 14% para os aposentados. Mas, e o PCC?

Por 9 a 2, o projeto de reestruturação do Iprev, que é o instituto da previdência do município, passou sem dificuldade pela Câmara Municipal de Vereadores.

Na verdade, a palavra reestruturação foi apenas um termo técnico bonito que encontraram para tirar 14% dos vencimentos dos aposentados que ganham mais de dois salários mínimos.

Uma minoria, é verdade.  Uma minoria que, em alguns anos, ficará isolada.

Porque não há PCC. Não, não é a sigla do Primeiro Comando da Capital, que é uma facção criminosa. Apesar de algumas semelhanças…

Trata-se do Plano de Cargos e Carreira. Isso quer dizer, sem um PCC, quem se aposentou com três ou quatro ou salários mínimos não vai ter aumento ao longo da vida.

Sim, o salário mínimo aumentará, o custo de vida aumentará, mas o salário do aposentado, não. Ficará ali, congelado. Até que o salário mínimo o pegue, e só assim o aposentado acompanhará o reajuste dado pelo Governo Federal, já que o municipal não pode ser contrário. Se pudesse, que ninguém duvide, ele deixaria qualquer um ganhando menos que o salário mínimo.

A exceção é o pessoal da Educação. E, dizem, estão elaborando o PCC da Saúde. Não se ouve falar no pessoal da Administração.

Fala-se muito em déficit, em rombo, mas não se fala nos constantes aumentos do FPM nos últimos meses. Foram bilhões destinados aos cofres públicos municipais.

Com a aprovação, cumpre-se ao que o gestor MANDA. Não vemos as autoridades que criaram argumentos (que não convenceram) questionando ou provocando o Executivo para confeccionar projetos em favor do salário dos profissionais municipais. Para que, né, já que os cargos que realmente importam são os comissionados e esses ganham relativamente bem.

Um bom número dos projetos do Executivo é contra o povo. Para tirar do povo. Para enganar o povo. Para ajudar… nenhum.

As autoridades deveriam tomar conhecimento de que, se alguém se aposenta, seja por idade ou por invalidez, precisa de mais cuidados que os demais. Mais médicos, mais remédios.

Medicamentos para tratar de doenças e outro tanto para controlar os efeitos colaterais desses remédios. E remédio, se não sabem, custa caro.

Também necessita de uma alimentação adequada. Sugerimos que vão até um supermercado para ver o quanto os alimentos diet, por exemplo, custam mais caro.

É desumano e paradoxal, que, numa fase da vida que mais se precisa de cuidados e automaticamente de recursos financeiros, ou seja, se gaste mais – se ganhe menos.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.