A mais recente “polêmica” em Maragogi já não é novidade em lugar nenhum do mundo: os efeitos, ou não, da vacina contra a Covid-19. Nunca uma vacina foi tão debatida e contestada no país, graças a algumas correntes políticas que disseminam o vírus da insanidade. O presidente da República, o maior negacionista nacional, insiste em brigar publicamente contra a ciência, e se orgulha em afirmar que não tomou a vacina. Seus asseclas vão ao delírio.
A zoada mais recente começou quando o secretário municipal de Saúde passou a exigir o cartão de vacinação para o maragogiense que precisa marcar consulta na Secretaria. Pronto. Foi como botar fogo no parquinho. O objetivo do secretário é fazer com que todo nativo se imunize e assim consigamos vencer a Covid-19. Mas alguns, felizmente uma minoria, preferem não entender.
Seguramente são influenciados politicamente, pois o grito mais alto vem dos eleitores mais apaixonados, mais fervorosos do presidente, que seguem o que reza a cartilha bolsonarista. Apesar de terem o direito de não se imunizar, é necessário que saibam que pessoas não vacinadas podem continuar a transmitir o vírus, além de correrem o risco de ficar gravemente enfermas e até de morrer, fazendo com que a pandemia jamais tenha fim. É sabido que os riscos de efeitos colaterais graves de uma vacina são mínimos em comparação com o risco da doença em si. Mas não é com isso que estão preocupados, apesar de gritarem aos quatro cantos. A negação tem cunho político, sim.
Hoje cedo, o prefeito do município também se manifestou, e disse que não atenderá a ninguém que não tenha se vacinado. Até falou em isolar o cidadão que não tomar. Está certíssimo. Afinal, ele é médico. Ainda estamos no meio de uma pandemia, e só a vacina pode dar um fim. Basta observar que desde que começaram as campanhas de vacinação, milhares de pessoas deixaram de morrer, e até de serem hospitalizadas ao redor do mundo. É evidente que a pandemia foi minimizada, e aparentemente está sob controle.
O gestor está errado quando esquece o que a Medicina lhe ensinou e aglomerou centenas de pessoas, com ou sem máscara, nas eleições do ano passado, ainda nas incertezas e na fúria da pandemia. O prefeito se utilizou de uma nuance da velha e conhecida ciência política, a demagogia, quando desprezou todos os indicativos de saúdes públicas e desfilou e se misturou à multidão em várias carreatas e passeatas. O prefeito peca quando, em lapso de memória, não se lembra de ter recebido, abraçado e até beijado várias pessoas – então transformadas em meros fantoches eleitores – para garantir a vitória de uma eleição política e continuar no poder.
Uma resposta
Eu sou apoiador do governo Federal, mas não sou a favor de certas coisas q ele faz, principalmente no tocante a vacina. Tá certo a exigência de comprovação das vacinas para evitar contaminação dos demais.
Lamentável a ideia de certas pessoas de n tomarem a vacina!!!!